27.4.06

Pé na burra



Tenho de ir. O tempo urge, o desenvolvimento dispara, a cada momento sinto renovar-se o ardor e o brio de pertencer-te, valorosa Nação! A ti me entrego incondicionalmente, de ti espero grandes feitos - um dos quais ser excluída o mais rapidamente possível do Mundial, provocar uma onda massiva de suicídios, de preferência na função pública, inibir o consumo descontrolado de bandeirolas de nylon sino-portuguesas e evitar que as mesmas apodreçam nas varandas descascadas do cascalho nacional, qual metáfora orgulhosa do estado do país. Se ganhasses um Mundial, não saberias o que fazer com tanto inchaço, tanta euforia, tanta bezana, cagança, orgulho e bazófia. Cuida-te com o pão, o vinho e o 24 Horas sobre a mesa e deixa aos senhores grandes a tarefa penosa de enriquecer e notabilizar-se. Vasco da Gama descobriu o caminho marítimo para a Índia. Tamanho orgulho, tão recente e tão presente, ecoando nos corredores do centro comercial... para quê? Olha para a Índia. Não te conforta o facto de teres aquele rapaz que joga à bola, ostenta um problema na fala e faz anúncios ao banco, como lídimo representante e ícone absoluto? Pois. Progresso sim, mas a passo, a passo, que a burra é velha e Roma e Pavia não se fizeram num dia - e muito menos o túnel do Marquês.

Elogio fúnebre

Tenho de admitir que divinizar pessoas desaparecidas é extremamente confortável. Podemos supor que são excepcionais e não há hipótese de nos contradizerem. É a única maneira de acreditar que a natureza humana tem um grão de magia. Não julgues, ó demagogo da pena fácil e intranscendente, que poderás reclamar alguma atenção para ti só porque condenas o entusiasmo laudatório postmortem. Esses autores de obras pujantes e processadores de pensamentos em filigrana eram seguramente marrecos mais desprezíveis e desinteressantes do que tu. O que fica é o trabalho; quem é que se interessa por uma vida carcomida pela flagrante inutilidade da existência, mau hálito e pior feitio? É assim que deve ser. Vai pôr-lhes flores na tumba e mija-lhes em cima, para adubo.

GPSMYA


Congratulations!

You’ve just won the Greatest Piece of Shit of the Mid-Year Award! Now, shove it up your ass and go hang yourself in a far off place while briefly considering (to the extent of your unplausible intellect) why you’re such a worthy recipient. Yes, you have exhibited a shitload of fickle actions, vacuous verbal fragments and just flat-out, blatant, general stupidity in such a short and incoherent lifespan! Congrats. Quick, leave room for the insane amount of pricks lining up behind you.

The I Despise Everyone who is Fucking Stupid Academy © 2006

Inconsciente




Não sejas inconsciente com o coração dos outros. Não toleres ninguém que o seja com o teu.

6.4.06

A time to love


"You can't live to die but you can die to live."

(Pintura de Wiz Kudowor)

A verdadeira tragédia











Vou dizer adeus e fazer-me à estrada. Já é tragédia suficiente seres quem és.

5.4.06

Premonição

I always knew I would somehow experience the life of the underdog.

Arquivo do blogue